Veja as personalidades políticas paranaenses delatadas pelos “cabras” da Odebrecht

O cerco tá apertando, nomes vão surgindo. As eleições de 2018 tendem a maior dificuldade àqueles que pretendem disputar vagas tanto nos legislativos como nos executivos. Não vai ser fácil. Muita coisa ainda pode acontecer. Outros nomes poderão aparecer e aumentar a fervura do caldo que já anda “bien caliente”, como diria o espanhol.

Beto Richa aparece na lista como “Brigão” e “Piloto”

O governador Beto Richa (PSDB)  teria recebido como caixa 2 para a campanha de 2014 (reeleição) cerca de  R$ 2,5 milhões da Odebrecht. Não teria declarado nada à Justiça Eleitoral. Os delatores ou “dedo-duros” (nessa altura do campeonato é um salve-se quem puder) afirmam que a grana teria uma contrapartida, ou seja a duplicação da PR 323.

Ainda os “home” da Odebrecht disseram que “abasteceram” via caixa 2 as campanhas eleitorais de 2008 e 2010 de Beto Richa, porem não trataram com ele diretamente, mas sim com os “tesoureiros” de então. Olha só “tesoureiros”!!!

Se comprovados os “repasses”, o período de cana pode ficar entre 3 a 10 anos.

Richa disse que  os tesoureiros da campanha é que devem ser investigados.

Gleisi Hoffmann (PT), na lista aparece como “Coxa” e “Amante”

Disseram os rapazes da construtora que para a campanha ao governo do estado do Paraná em 2014 Gleisi teria recebido R$ 5 milhões e que houve interferência do então ministro e marido da senadora, Paulo Bernardo. Em troca, a Odebrecht seria favorecida nas relações com o governo.

Caso comprovadas as denúncias a senadora poderá responder por lavagem de dinheiro.

Gleisi disse que não tem informações sobre o conteúdo das delações. As doações feitas a suas campanhas constam das prestações de contas aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral, concluiu.

Osmar Dias (PDT) aparece com o apelido de “Caim”

Osmar Dias (PDT) teria recebido R$ 500 mil via caixa 2 para financiar sua disputa ao governo do Paraná, em 2010, segundo os delatores da construtora pecadora.

Segundo os delatores, a grana foi solicitada pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, mas que os detalhes sobre repasse foram previamente acordados com o próprio Osmar Dias, que teria indicado uma pessoa para agilizar o recebimento dos recursos.

Caso as investigações comprovem que Osmar Dias cometeu o crime eleitoral de caixa 2 ele poderá pegar de 2 a 5 anos de prisão, podendo chegar até 12 anos se o inquérito  apontar outros crimes previstos no Código Penal como lavagem de dinheiro ou corrupção ativa.

Osmar Dias disse que nunca participou da arrecadação de recursos de campanha e que não recebeu verbas da Odebrecht e nem mesmo conhecia ninguém da empresa. O dinheiro do PDT foi repassado a sua campanha de forma oficial, disse Osmar.

Paulo Bernardo aparece na lista como “Filosofo”

E segue o baile, os delatores da Odebrecht falaram que o ex-ministro Paulo Bernardo (PT) pediu propina para incluir uma obra da construtora no PAC e que seria construção da linha 1 da Transurb,  ligação entre Novo Hamburgo e São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. A obra foi avaliada em R$ 323,9 milhões e  1% do valor do contrato iria para Paulo Bernardo.

As investigações irão procurar se ouve ou não lavagem de dinheiro e corrupção ativa, uma vez que o próprio ex-ministro teria pedido o pagamento da propina.

Paulo Bernardo nega que tenha pedido propina e disse que jamais conversou com executivos da Odebrecht para tratar da inclusão de obras no PAC.

Zeca Dirceu (PT) aparece como Zeca Dirceu mesmo

Disseram os delatores que para as campanhas de 2010 e 2014  Zeca  teria recebido dinheiro da Odebrecht, via caixa dois. Os repasses teriam sido tratados com Zé Dirceu, pai do deputado que teria acertado o valor de R$ 500 mil, diretamente com executivos da empreiteira

Zeca poderá ser investigado por corrupção passiva, pois não pediu diretamente a propina e não há indícios de que ele sabia dos recursos ilegais. No entanto, poderá responder por lavagem de dinheiro caso as investigações apontem que ele tinha ciência do caixa 2.

Zeca Dirceu disse que  nunca tratou nada com as diretorias de empresas investigadas na Lava Jato”.

 

Sobre Francisco Carlos Somavilla 1528 Artigos
Bacharel em Ciência Politica. MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Especialização em Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.

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