O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segue seu caminho rumo à tomada do Poder no Brasil. Agora, o réu da Lava Jato se prepara para “passar a perna” no até então aliado e vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP).
Veneno
Os protagonistas do maior e incomparável espetáculo de baboseiras durante a votação do impeachment e, fiéis aliados de Cunha na Câmara Federal seguirão o caminho que o “fuhrer” (condutor, guia, líder ou chefe) apontar. Desta forma, Temer estará sujeito a experimentar o mesmo veneno que ofertou à Dilma Rousseff (PT). O veneno da traição! A fórmula está sendo reproduzida através das ameaças de afastamento de Temer como pressão para que ele cumpra as promessas feitas quando engendrava o golpe juntamente com Cunha.
Não interferir
Qual seria a exigência? Que Temer não interfira não se meta e nem tome qualquer iniciativa que não seja defender Cunha no processo que tramita no Conselho de Ética da Câmara Federal que pode acabar em cassação do presidente corrupto.
Bico fechado
Segundo o jornal “O Estado de São Paulo”, o deputado Paulinho da Força (SD-SP) é o maior defensor para que seja exercida forte pressão sobre Temer para que ele fique em seu cantinho e de “bico fechado”, pois o vice-presidente havia assinado, enquanto presidente em exercício no ano de 2015, decretos suplementares ao Orçamento (motivo usado como justificativa para acusação de crime de responsabilidade contra Dilma Rousseff). O vice Ta danado!
Nas garras de Cunha
Resumindo, após tantos encontros na calada da noite, tantas idas e vindas pelos corredores da Câmara Federal e hotéis de Brasilia tramando o golpe, Temer agora se vê sob as garras de Cunha e, ao mesmo tempo, vê sua trajetória de Poder, prestes a ser interrompida justamente pelo seu “maior” aliado à quem depositou toda a confiança. Não resta mais nada agora a não ser obedecer o “fuhrer”. Talvez esteja aí a explicação da frase de Temer estampada em todos os jornais nestes últimos dias: Vou aguardar”silenciosa” e ”respeitosamente” a decisão do Senado sobre o impeachment da presidente da República Dilma Rousseff (PT). Não seria uma resposta velada de obediência à Cunha?
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