Eleições de 2016 poderão ser canceladas…

Conforme publicado no Bem Paraná, a União Brasileira de Municípios (UBam) vai iniciar um movimento no congresso nacional para tentar barrar as eleições municipais de 2016. Com a medida, o mandato dos prefeitos e vereadores, que seriam concluídos neste ano, será prorrogado até 2018. A entidade defende a ideia, pois na visão dela, atualmente o país vive extrema crise política e econômica, prejudicando a vida dos brasileiros. Logo, a eleições deste ano é classificada como um grande equivoco.

Segundo o presidente da UBam, Leonardo Santana, será lançada com uma proposta emergencial, através da bancada municipalista, com o objetivo de barrar a realização das eleições municipais este ano e a prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores de todo Brasil.

Custo alto

Um forte motivo para ação, segundo a UBam, é a questão dos gastos com as eleições. Neste ano, o pleito pode ultrapassar R$ 2 bilhões, os recursos poderiam ser gastos com a saúde e o combate a pobreza.

Gasto desnecessário

“Pra se ter uma ideia dos gastos desnecessários com uma eleição, em 2012, o custo das eleições para prefeito e vereador foi o mais alto da história do país, com um total de R$ 597 milhões, incluindo primeiro e segundo turno, contra os R$ 480 milhões que foram consumidos nas eleições de 2010, para presidente, governador, senador e deputado federal e estadual, ou seja: R$ 117 milhões a mais foram gastos. Isso é um absurdo”, afirmou o presidente da UBam, Leonardo Santana.

gastosGastos das ultimas eleições

De acordo com dados do TSE, em 26 capitais brasileiras, os candidatos a prefeitos gastaram R$ 1,25 bilhão. Já em 2010, os gastos declarados pelos candidatos a governador dos 26 Estados e do DF somaram R$ 735 milhões. . O presidente da Ubam disse que a entidade tem razão de não querer eleições em 2016, pois com esses dados, o Brasil não suporta mais a realização de uma eleição a cada dois anos, por isso defende eleições gerais em 2018.

 

Manobra

A alegação ou manobra do presidente da UBAM pode ser analisada sob dois aspectos, um seria o da “economia” em tempos de crise, o outro, que traria prejuízos ao exercício do voto tão necessário para sua depuração, ou seja, quando mais praticarmos, mais aprenderemos a votar. Aprovada a prorrogação neste primeiro momento, é provável que ela se estenda por muito tempo, ou melhor, se perpetue. Na verdade, esta proposta não passou na Câmara dos Deputados durante a “mini-reforma política” votada em 2015. Coisas da política!

Nuvem

Como dizia Magalhães Pinto, “a política é como uma nuvem, você olha ela esta de um jeito, olha de novo e ela já mudou”.

 

Sobre Francisco Carlos Somavilla 1542 Artigos
Bacharel em Ciência Politica. MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Especialização em Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.

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