A Economia Política da Crise, terceira parte: Por Marcelo Marcelino*

O sistema capitalista na sua gênese mais complexa a partir do industrialismo construiu um sistema complexo e integrado desde a revolução industrial iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, como havíamos enfatizado anteriormente.
Esse novo sistema que íntegra diversos campos da sociedade, rompeu com uma série de elementos tradicionais da sociedade feudal e trouxe à tona uma mudança enorme nas áreas das ciências e da cultura de forma geral.
Isso permitiu que o progresso científico fosse utilizado como ferramenta não apenas econômica como ideológica na sociedade.
Ao mesmo tempo, nascem as ciências humanas como possibilidade de reflexão e crítica dessa sociedade recém transformada, mesmo que essas novas áreas também fossem utilizadas para embasar visões de mundo e a própria racionalidade instrumental do capitalismo.
O antagonismo entre as classes proprietárias dos meios de produção, no caso, os empresários capitalistas avançaram no seu projeto de acumulação desenfreada e os trabalhadores se organizam em massa, ressurgindo daí o pensamento e a organização política comunista, socialista e anarquista. Guerras civis, golpes de estado e revoluções locais são constantes assim como em meio a todo essa convulsão social o avanço do modo de produção capitalista.
Estamos no século XIX nações se unificam como Alemanha e Itália, o Japão passa pelo início de uma transformação mais expansionista, e as nações tradicionais europeias entram em disputa pelo poder no bojo desse recém constituído sistema social amplo.
A economia política da crise entra na fase dos Impérios contemporâneos e a primeira grande guerra eclode. Dessa disputa outras nações se fortalecem e adentram no campo das disputas pela hegemonia mundial. De um lado EUA e ainda de uma outra maneira a incipiente experiência do socialismo real União Soviética.
A partir da consolidação da União Soviética em 1922 e dos EUA tomando a dianteira econômica mundial uma outra configuração no tabuleiro das disputas até recentemente.
*Marcelo Gonçalves Marcelino e economista, sociólogo, cientista político, professor e pesquisador do NEP – núcleo de estudos paranaenses e do Nesef – núcleo da educação filosófica ambos da UFPR, além de coordenador da ACD – auditoria cidadã da dívida pública em Curitiba – PR

Sobre Francisco Carlos Somavilla 1530 Artigos
Bacharel em Ciência Politica. MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Especialização em Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.

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