PENA DE MORTE NOS EUA REACENDE DISCUSSÕES
A morte por injeção letal no último dia 21, do negro, Troy Davis, 42 anos, preso a mais de 20 acusado de ter matado o policial Mark MacPahil em 1989, provocou grandes manifestações nos e da comunidade internacional.

PAPA BENTO XVI E JIMMY CARTER
Nem mesmo os apelos do ex-presidente Jimmy Carter e do Papa Bento XVI demoveram as autoridades do estado da Geórgia a levar a cabo a execução de Troy Davis. A Suprema Corte dos Estados Unidos emitiu um comunicado em que rejeitou o pedido de suspensão da pena.

ANISTIA INTERNACIONAL: RETROCESSO
A Anistia Internacional considera um enorme retrocesso para os direitos humanos nos Estados Unidos uma vez que os apelos da comunidade internacional não foram ouvidos. O diretor da Anistia Internacional, Harry Cox, afirmou que, em 30 anos de trabalho contra a pena de morte, ele ainda não viu uma condenação tão duvidosa.

 

FRANÇA CONTRA PENA DE MORTE
A França se posicionou fortemente contrária a pena de morte ressaltando ser incompreensível sua aplicação independentemente de onde ela aconteça e das circunstâncias. Nós deploramos fortemente que os numerosos apelos de clemência não tenham sido considerados, declarou o ministro francês do Exterior.

POLEMICA PELA FALTA DE PROVAS
A polêmica aumentou devido à falta de provas quanto à autoria do crime, pois apesar de Troy ter sido acusado por nove testemunhas, a arma do crime nunca foi encontrada, nem mesmo impressões digitais ou indícios de DNA foram detectados. Sete testemunhas voltaram atrás em seus depoimentos no decorrer do processo e afirmaram que foram forçadas por policiais a depor contra o acusado.

INJUSTIÇA E PRECONCEITO SEGUNDO A DEFESA
O caso de Davis foi apresentado pela defesa como um típico cidadão negro condenado injustamente pela morte de um branco, e reabriu o debate sobre a aplicação da pena de morte nos Estados Unidos que dos 50 estados norte-americanos, 34 deles permitem a pena de morte.

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