Reforma Politica: fim das coligações proporcionais….Voto distrital ou voto de cabresto?

O voto

O atual sistema eleitoral brasileiro permite defeitos na representatividade legislativa, pois no sistema de voto proporcional, nem sempre o voto dado a determinado candidato atinge seu objetivo principal que é elegê-lo, uma vez que neste modelo onde o voto serve, em primeira mão, para atingir o quoeficiente eleitoral e na sequencia aponta o candidato eleito, ou seja, àquele que atingir, dentro de determinada agremiação política, o maior número de votos no processo eleitoral.

Fim das coligações

As coligações proporcionais que colaboram para que a representatividade política seja prejudicada, ao que parece estão com os dias contados, pois o assunto deverá ser retomado na pauta da Reforma Política marcada para iniciar na terça-feira (26), na Câmara dos Deputados. No Senado já passou

Proliferação de siglas

Dado a proliferação de siglas partidárias, em sua maioria de pouca expressão político-eleitoral, personalidades de diversos segmentos da sociedade, porém sem nenhuma identificação partidária, são chamadas a compor partidos políticos a fim garantirem votos de legendas, de quoeficiente eleitorais e partidários e, dessa forma, “ajudam” a eleger candidaturas de pouca ou nenhuma expressão.

PMDB Distritão

A bandeira do PMDB na Reforma Política é o “Distritão”. O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP) e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) são favoráveis a esse sistema que amplia a vantagem de quem já está no poder (vereadores, deputados, senadores), por outro lado, também beneficia as candidaturas mais aquinhoadas.

Representatividade comprometida

No “Distritão”, a candidatura que atingir a “maior minoria” será eleita em detrimento das demais candidaturas levando prejuízo à representatividade.
Exemplo: em determinado Distrito saem 10 (dez) candidaturas com uma delas atingindo 20% dos votos válidos, as outras, porém, não atingem individualmente este mesmo percentual.
Obviamente que será considerada eleita à candidatura que atingiu os 20% do eleitorado. Porém, a soma das demais atingiria 80% do eleitorado, mas que de nada valerá, ou seja, 80% dos eleitores ficarão sem representatividade política. Concluindo, o maior percentual de votos 80%, terá o mesmo valor que os votos em branco ou nulo; de nada valerá. Voto distrital ou voto de cabresto?