A informação cada vez mais rápida e dinâmica nos veículos de comunicação como rádio e televisão e a propagação através das redes sociais tem feito com que os jovens, mesmo sem querer, se envolvam em política cada vez mais cedo. Não são poucos os que buscam filiação partidária e ingressam como dirigentes de grêmios estudantis. Nos quadros eleitorais, a média de idade tem reduzido cada vez mais.
A tendência é mundial. Se na Suécia, por exemplo, a média dos líderes partidários é de 42 anos e dos membros do parlamento de 45 anos, no Brasil a idade média dos parlamentares é de 50 anos (dados da revista Bites). Os partidos incentivam a participação de jovens – que auxiliam na militância e engordam os protestos e movimentos realizados em todo o País.
O PT (Partido dos Trabalhadores) foi um dos primeiros a investir nos jovens e estabeleceu um sistema de cotas no processo eleitoral para mulheres e jovens. A novidade foi vista em 2014 e será repetida em 2018. ”O que tem acontecido em todo o Mundo é a profissionalização da política. Cada vez mais o jovem se envolve desde cedo na política, ou através dos grêmios estudantis ou através da própria família. E a política acaba virando a única profissão da vida destes jovens – que permanecem a vida inteira em cargos públicos”, analisou o cientista político Emerson Cervi.
Uma pesquisa feita pelo Bem Paraná comprovou a tendência mundial no estado. Em 2011, a média de idade dos eleitos na Assembleia Legislativa do Paraná era de 53,5 anos. Em 2015, a média de idade entre os eleitos é de 43,9 anos (quase 20% de diferença). Se formos particularizar apenas os 23 deputados estaduais que foram renovados, a situação se agrava ainda mais. Os 23 ex-deputados que não foram reeleitos na Assembleia tinham uma média de idade de 55,7 anos. Os 23 novos tem uma média de idade de 41,9 anos.
Deixaram os cargos que exerciam na Assembleia os deputados Luiz Eduardo Cheida (PMDB), 61; Luiz Accorsi (PSDB), 66; Caito Quintana (PMDB), 69; Duílio Genari (PP), 78; Waldyr Pugliesi (PMDB), 79; entre outros.
Fonte: Bem Paraná
Análise
Se por um lado a média de idade das lideranças partidários diminuiu, por outro, a herança política vem aumentando a cada eleição. Basta observarmos as origens familiares de algumas das personalidades jovens eleitas nas eleições de 2014.
Paulo Litro (filho do ex-deputado Litro)
Evandro Junior (neto do ex-deputado estadual e ex-governador e Conselheiro aposentado pelo Tribunal de Contas do estado, Hermas Brandão)
Maria Victória (filha da vice-governadora Cida Borghetti e do deputado federal Ricardo Barros
Felipe Francischini (filho do deputado federal Fernando Francischini)
Tiago Amaral (filho do ex-deputado estadual e hoje Conselheiro do Tribunal de Contas, Durval amaral)
Mauricio Requião (filho do ex-governador a atual senador da República Roberto Requião)
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