O racismo no Brasil vem de longe, isso não é nenhuma novidade para quem acompanha a história da construção do Brasil. Por mais de três séculos a escravidão, pensamentos e teorias racistas fizeram parte da construção da nossa identidade e da nossa distorcida visão de mundo. Ainda observamos fortes resquícios rodando por aí.
Mesmo com a abolição, o Estado Brasileiro continuou e continua ausente ou no mínimo agindo de forma tímida, para que a integração da população negra seja de fato contemplada por políticas públicas eficazes, para sua plena participação em uma sociedade livre gozando de todos direitos civis e econômicos sem nenhuma restrição, sem nenhum impedimento, sem sofrer qualquer tipo preconceito.
O Estado Brasileiro garantiu, e de certa forma ainda garante a sobrevivência dessa encardida mentalidade escravocrata nas estruturas da República. Basta atentarmos para nosso cotidiano onde ofensas baixas e insanas são dirigidas às pessoas negras por “gente que se diz de bem”. Gente que se intitula “cristã, de boa família e democrática”. Pasmem. Basta de hipocrisia!
O abolicionista Joaquim Nabuco já dizia: “O nosso caráter, temperamento, a nossa moral acham-se terrivelmente afetados pelas influências com que a escravidão passou 300 anos a permear a sociedade brasileira. Enquanto essa obra não estiver concluída, o abolicionismo terá sempre razão de ser”.
Lei que institiu o Dia 20 de novembro, “Dia da Consciência Negra”
O racismo é o que há de pior habitando a alma da pessoa que o pratica. Portanto, a prática do racismo merece, sem sombra de dúvida, o rigor e a mão pesada da lei.
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