Lava Jato, renúncia coletiva nessa altura do campeonato?

A possibilidade de renúncia coletiva dos procuradores do Ministério Público Federal envolvidos na “Operação Lava Jato” pelo fato da Câmara dos Deputados ter aprovado o polemico projeto que trata do “abuso de autoridade” não pega bem, não é uma escolha que mereça salva de palmas, ao contrário, merece sim “panelaço” como repúdio da sociedade, pois largar a tarefa nessa altura do campeonato pode ser entendida como um conluio para proteger determinados partidos e personalidades políticas delatadas, porém ainda não investigadas.

Pressionar Temer

Os procuradores, o Ministério Público  e demais instâncias têm por obrigação pressionar Michel Temer para que não sancione a decisão tomada pelos deputados na noite de terça-feira (29). É bom lembrar que entre os 513 deputados número significativo teve “apoio” do já deposto deputado e ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Parlamentares, ministros e presidente com suas fichas corridas mais sujas que pau de galinheiro continuam decidindo o futuro do Brasil sob a ótica de seus interesses particulares.

Depois de tudo

Não é aceitável que após tudo o que foi feito no âmbito da Lava Jato, investigações, delações e mais delações premiadas, invasões de privacidade com exposições desnecessárias de pessoas, condução coerciva e algumas poucas prisões, simplesmente deixe de existir ou não se conclua com a explicação ou desculpa que está sendo ventilada.

Assim fica difícil acreditar que a Lava Jato veio mesmo para moralizar corrigir os defeitos na vida pública brasileira.

Não quero acreditar que a população brasileira vá aceitar isso de forma cordial e passiva.

Pergunto: Caso se concretize a renúncia coletiva, qual o ponto positivo da decisão dos procuradores da República?

Sobre Francisco Carlos Somavilla 1530 Artigos
Bacharel em Ciência Politica. MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Especialização em Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.

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