Nas exposições anteriores procuramos deixar evidente que a sociedade passou por transformações profundas a partir do final do século XVIII com a introdução do modo de produção capitalista na Europa Central a partir do império britânico.
Com o avanço do capitalismo na Europa e depois nos EUA as contradições do sistema começaram a surgir como a pobreza devido a exploração do trabalho assalariado, a crescente urbanização e o aumento dos problemas sociais decorrente disso e o aparecimento de lutas políticas intensas com as bandeiras do socialismo, comunismo e o anarquismo.
Paradigmas tecnológicos foram se estabelecendo na nova ordem das coisas, a unificação de países como Itália e Alemanha fez aumentar ainda mais as rivalidades entre as potências.
O capitalismo industrial se unificava com o capital comercial e financeiro e no final do século XIX a Era dos Impérios se estabelecia como forma avançada de organização econômica e política tendo os países imperialistas como o braço forte do capitalismo monopolista.
Com o acirramento das disputas pelos mercados globais a primeira guerra se tornou eminente assim como uma nova ordem revolucionária também encabeçada pela Rússia no mesmo período.
As primeiras duas décadas de fortes disputas colocou os EUA na frente do comando dos Impérios, a Rússia como antagônica do capitalismo a partir da consolidação da revolução socialista em 1922 e o mundo segue o seu percurso de disputas pelo protagonismo.
Durante a década de 1920 parecia que nada mais iria deter o avanço do capitalismo liberal apesar da rivalidade soviética até que em outubro de 1929 uma enorme ruptura no mercado de ações faz o mundo capitalista estremecer e diante desse contexto uma nova fase do capitalismo está prestes a ser inaugurada. Essa história será contada a seguir nos próximos capítulos.
*Marcelo Marcelino, cientista político, sociólogo, economista, pesquisador e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR). É também, escritor e consultor acadêmico.
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