Nesta quarta-feira de cinzas, dia 18 de fevereiro, o Rio de Janeiro parou para acompanhar a apuração das Escolas de Samba do Grupo Especial. E a grande campeã do carnaval carioca foi a Beija Flor de Nilópolis.
Homenagem à Guiné Equatorial
A agremiação azul e branca teve como enredo deste ano: “Um Griô conta a história: um olhar sobre a África e o despontar da Guiné Equatorial. Caminhemos sobre a trilha de nossa felicidade”. O enredo em exaltação a cultura africana foi o vitorioso da Marquês de Sapucaí, e também, o de maior polêmica na passarela do samba.
Apoio financeiro
A Beija-flor recebeu apoio financeiro de Guiné Equatorial, país que vive sob ditadura há 35 anos, comandada por Teodoro Obiang Nguema Mbasogo. O país tem como base da economia a exploração do petróleo.
Em entrevista ao site G1, o presidente da agremiação, Fardi Abrão, negou que tivesse recebido R$10 milhões do governo da Guiné Equatorial, como foi especulado pela imprensa. Entretanto, admitiu ter recebido uma contribuição, mas não informou o valor.
Representantes assistem o desfile
A Beija-flor foi à terceira escola a entrar na Sapucaí, na segunda-feira (17), com 3700 componentes, distribuídos em 42 alas e com sete carros alegóricos e um tripé.
E entre os convidados, tivemos a presença de um representante do país, que acompanhou o desfile de um dos camarotes, o filho do ditador da Guiné Equatorial.
Contravenção
Há algum tempo atrás quando Escolas de Samba do Rio de Janeiro eram financiadas pela contravenção (bicheiros) havia muita polêmica. No entanto, agora o financiamento está vindo de um país de regime totalitário, e pior, há quem diga que não importa a origem do dinheiro, mas sim o sucesso alcançado. Valores perdidos?
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