O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PR/BA), que liderou o processo que culminou na cassação de Cunha pelo plenário em setembro, afirmou que esperava que o Supremo Tribunal Federal mandasse prender Cunha quando ainda era deputado. “O Supremo não prendeu, o Moro agora prendeu. A prisão já era esperada. Tudo tem seu tempo. Chegou à vez dele. Ele usou o poder para pressionar. Eu fui pressionado muitas vezes pelo seu poder. Ele tentou me tirar da presidência do Conselho de Ética e fez todas as manobras possíveis”, disse Araújo em entrevista ao Jornal do Brasil.
Legitimação
Para cientistas políticos, a prisão de Eduardo Cunha (PMDB), determinada pelo juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, indica uma reciclagem na política brasileira. Contudo, segundo professores da Unirio e da UFRJ, a ação não passa de uma estratégia política para legitimar a imparcialidade da operação.
Temer teme
A apreensão é grande no Palácio do Planalto com a possibilidade de Eduardo Cunha acertar uma delação premiada na Lava Jato. Há quem diga que a maior preocupação é sobre o que o ex-deputado teria a dizer sobre Michel Temer, pois há bem pouco, ambos se encontraram tarde da noite no Palácio do Jaburu.
Chá calmante
Mas a preocupação vai além, pois ninguém pode mensurar o tamanho e força do tsunami que as declarações de Cunha poderão provocar. Com certeza já deve ter políticos de todas as esferas e ministros tomando chá de melissa, capim limão e hortelã para acalmar os nervos. Não deve ser mole ficar na dependência de Cunha. “Vixisanta”.
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