Pacotaço
O “pacotaço” que o Governo do Estado do Paraná tentou impor “guela” abaixo aos trabalhadores da educação “deu com os burros n’água”. Os professores, indignados com o que estava para acontecer, se organizaram e tentaram o diálogo, mas não foram atendidos, restou então, como forma de assegurar seus direitos, o acampamento na praça Nossa Senhora de Salete, em frente ao Palácio Iguaçu e, na sequencia, a tomada da Assembléia Legislativa do Paraná (ALEP) para impedir (como impediram) que as votações se formalizassem expulsando os deputados que defendiam o projeto de Beto Richa (PSDB) que levava embrulhado, e de “embrulhada”, enorme prejuízo aos direitos e benefícios conquistados a duras penas ao longo de décadas pela classe.
Por outro lado, o que se viu, foi a força popular fazendo valer seus direitos e dando recado àqueles que procuram decidir as políticas públicas na calada da noite e de acordo com seus interesses e convicções pessoais. A energia demonstrada pelos trabalhadores da educação na defesa de seus direitos e que há muito tempo não se via, assustou a ALEP e o Palácio Iguaçu que recuou e acabou pedindo a retirada do projeto que mexia com benefícios como quinquênio, vale transporte e aposentadoria de todos os servidores públicos estaduais, tanto da ativa como de pensionistas.
Arrisco dizer que nem mesmo as manifestações ocorridas em junho de 2013 podem ser comparadas a esta, pois, além da disposição dos professores e demais trabalhadores da educação, havia uma organização para que a tomada da ALEP acontecesse de forma pacífica e que não deixasse “janelas” para que infiltrados praticassem atos de vandalismo com o intuito de desqualificar e desacreditar a luta mais do que justa dos responsáveis em transmitir conhecimento aos filhos de todos os paranaenses.
Os professores não podem ser imputados à pagarem pelos equívocos administrativos que possam ter causado rombo nos cofres do Tesouro Estadual. Que a luta dos bravos professores sirva de exemplo a todos nós!
Deputados chegam de camburão escoltados pela Policia Militar para votar o projeto.
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