O maniqueísmo político é burro

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A retomada da vida democrática no Brasil é recente como também e, obviamente, a participação da sociedade nas discussões das coisas da política e, principalmente, durante os processos eleitorais. Nas primeiras eleições livres pós Regime de Exceção pelo qual passamos (1964-1985), os embates políticos eram mais presentes no âmbito das candidaturas, ou seja, a sociedade ficava um tanto a margem das discussões, apenas observando os debates políticos que os canais de TV proporcionavam ou participando dos comícios onde oradores como Brizola, Collor de Mello, Lula, FHC, Ciro Gomes, entre outros teciam criticas aos adversários e, ao mesmo tempo traziam suas ideias e propostas de forma apaixonada levando ao delírio as multidões ali presentes.

Marketing
Atualmente, nada disso acontece com a mesma força e proporção, o marketing tomou o lugar dos oradores que já não falam mais de suas convicções, mas sim sobre o que os resultados colhidos antecipadamente pelas pesquisas apontam e orientam, ou seja, quais os sonhos, desejos e vontades mais importantes dos diferentes estratos sociais devem ser atendidos.

  1. maniqueismo Maniqueísmo
    Por outro lado, os usuários (nós) das redes sociais, em sua grande maioria, não aproveitam, não fazem uso destas mídias como instrumentos de discussões pró-ativas sobre as propostas das candidaturas às quais defendam, ao contrário, o maniqueísmo simplesmente substitui o diálogo tomando conta das postagens e discussões. Ataques pessoais entre os internautas são comuns e corriqueiros como se este tipo de “embate” fosse o melhor para o Brasil e para os brasileiros. O maniqueísmo independe do grau de instrução, socioeconômico, religião, sexo, idade entre outras variantes é burro e reduz a oportunidade de entendermos como acontece o relacionamento no Poder.

Democracia
A consolidação da democracia não se cristaliza da noite para o dia, ela depende de diversos fatores, como a continuidade democrática dos processos eleitorais, a Autonomia e Soberania do Estado, a depuração da classe política, dos Tribunais e dos demais órgãos da Administração Pública, a participação eficiente da população no dia a dia da vida politica brasileira e a escolha eficaz dos representantes nas três esferas do poder politico, municipal, estadual e federal.

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