MACHADO DE ASSIS E O VOTO FEMININO
Machado de Assis, na época do Império, em 1877 já era um defensor do voto feminino e escreveu: “Venha, venha o voto feminino; eu desejo, não somente porque é ideia de publicistas notáveis, mas porque é um elemento estético nas eleições, onde não há estética”. Será válido para os dias de hoje a frase do poeta?

GETULIO VARGAS INSTITUIU O VOTO FEMININO NO BRASIL
O poeta presenciou a libertação dos escravos, o fim do Império e a proclamação da República, morreu antes da instituição por decreto do voto feminino em 1932, pelo então presidente, Getúlio Vargas. O texto do decreto considerava que o eleitor era “o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo”.
A SUJEIÇÃO DAS MULHERES
Na Inglaterra, o economista e parlamentar John Stuart Mill argumentava não existir equívoco maior do que a submissão das mulheres aos homens. Em 1869, no livro A Sujeição das Mulheres, pedia que elas gozassem dos mesmos direitos deles — incluído o voto. A sociedade vitoriana ficou escandalizada.

NOVA ZELANDIA SAIU NA FRENTE
O voto feminino só se tornaria realidade no mundo em 1893. O país pioneiro foi à Nova Zelândia. As inglesas puderam se tornar eleitoras em 1918. As francesas, apenas em 1944.
A NATUREZA DAS MULHERES ERA O PROBLEMA
No Brasil, durante a elaboração da Constituição de 1891, a primeira da República, já se cogitava essa hipótese. O plano não prosperou. Segundo Tânia Navarro Swain, professora do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB), os legisladores alegaram que a natureza das mulheres não as habilitava à vida pública.
ELAS SERVIAM APENAS PARA SERVIÇOS DOMESTICOS
Para eles, as mulheres tinham como destino biológico a domesticidade e a submissão. Assim, o voto feminino era uma aberração, ia contra a natureza. Mas isso era só uma desculpa. Na realidade, tinham medo de perder o controle sobre elas. Dar-lhes direitos políticos implicaria abrir as comportas das reivindicações femininas.
Fonte: Portal de Noticias do Senado Federal

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